domingo, 6 de junho de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Palácio da Bolsa




O palácio da Bolsa é considerado um dos mais belos edifícios que o Porto possui e ainda um dos mais ricos de Portugal, sendo um dos salões de visita da cidade onde se têm desenrolado os mais marcantes acontecimentos sociais, políticos e culturais ligados à vida citadina.

A sua construção foi fruto de um grande investimento e dedicação por parte dos mercadores portuenses que haviam perdido a Casa da Bolsa do Comércio e se viram obrigados a discutir os seus negócios ao ar livre, na rua dos ingleses.

Só anos mais tarde, a 6 de Outubro de 1842 é que foi lançada a primeira pedra do Palácio da Bolsa, que hoje podemos admirar.

Este edifício ostenta uma variedade de estilos, desde a severidade da arquitectura toscana e do neoclássico oitocentista, até aos primórdios policromáticos do Salão Árabe e com notórias influências do gosto neopalaciano inglês.

A planta do edifício é rectangular e a fachada principal encontra-se dividida em três corpos de ordem dórica estando o corpo principal guarnecido por uma escadaria paralela ao edifício que termina numa larga torre quadrangular ornamentada com elementos jónicos e corintios.

O vestíbulo da fachada principal dá acesso ao Pátio das Nações, este átrio é ladeado por um claustro envidraçado, coberto por uma grande clarabóia sustentada numa admirável estrutura metálica.

No começo da cobertura figura o escudo nacional e na parte inferior e as armas do Brasil, da Itália, do Saxe, da Pérsia, da Argentina, da Rússia, da Inglaterra, da Alemanha, da Suíça, da Dinamarca, do México, da França, dos EUA, da Grécia, da Noruega, da Suécia, da Áustria, da Espanha, da Bélgica e da Holanda, com os quais Portugal mantinha relações de amizade e comércio no fim do século XIX.

O pavimento deste átrio é revestido de mosaico com motivos geométricos inspirados em modelos greco-romanos de Pompeia. Ao fundo deparamos com uma escadaria em granito azulado que dá acesso ao andar nobre, onde se abrem três portas de arco pleno entre as quais se encontram os bustos dos estadistas Hintze Ribeiro, Fontes Pereira de Melo e os antigos presidentes da Associação.

Neste andar podemos encontrar a Sala de Reuniões, mais conhecida pela sala dourada pois o seu tecto é decorado com estuque coberto de ouro, o gabinete do presidente, decorado em estilo Império, seguindo-se-lhe a Sala das Assembleias Gerais, decorada por painéis imitando carvalho velho e ornamentações a ouro. Contígua a esta encontramos a Sala dos Retratos e esses retratos que lhe deram o nome retractam a corpo inteiro as imagem dos últimos reis de Portugal do período constitucional.

No andar térreo está localizado o Gabinete de Leitura e a Biblioteca.

No entanto de todas as Salas existente no Palácio, a que mais destaque possui é o Salão Árabe também conhecido por Salão Nobre, com estuques de cor do final do século XIX, legendado a ouro em caracteres arábicos que cobrem praticamente todo o tecto e as paredes. Este notável salão tem a forma de um paralelograma octogonal, cujos ângulos truncados formam saídas para outras dependências e gabinetes, circundando-o uma dupla arcaria rematado superiormente por uma cornija decorada com pendentes.

É neste salão e mais abrangentemente, neste palácio que se têm, desenrolado as mais elegantes e distintas comemorações em honra de chefes de estado aquando das suas visitas oficiais à cidade e homenageado altas personalidades nacionais e estrangeiras.

Casa da Música





A Casa da Musica no Porto projectada pelo arquitecto Rem Koolhaas foi o simbolo do "Porto Capital da Cultura 2001", tendo demorado 5 anos para ficar concluido, e custou aproximadamente 100 milhões de euros. Todo a envolvente funciona como parte estrutural, construida em betão armado com paredes de 40cm inclinadas em vários angulos. Estas paredes exteriores actuam em conjunto como um bloco só, como peça fundamental na estrutura. O peso central desta estrutura apoia-se em duas grandes paredes de 1m de espessura de cada lado do auditório principal, e que sobem desde as fundações até à cobertura. Quase todas as soluções de acabamentos foram ire-inventadas especificamente para este edificio. A acustica do auditorio principal é considerada a segunda melhor de todo o mundo, e não é por acaso, já que todos os materiais de revestimento foram cuidadosamente escolhidos, assim como a geometria dos volumes da sala, e dos materiais da concha acustica e cortinas absorventes.

Ribeira do Porto




Debruçado sobre o rio Douro, no coração da zona histórica património da humanidade, as pedras das suas paredes, são testemunhas de mais de 700 anos de história.

Serralves




História
A história da Casa de Serralves iniciou-se no início dos anos 20 do século XX depois de Carlos Alberto Cabral (1895-1968), 2º Conde de Vizela, ter herdado a quinta de veraneio da sua família. Homem culto e viajado, tinha uma atracção pela modernidade e pela vivência cosmopolita, aspectos que não se conciliavam com o clima cultural e social da cidade do Porto e aos quais não terá sido alheia a educação francesa e inglesa de que havia beneficiado durante a infância.,
Em 1923, no mesmo ano em que recebeu a herança, comprou em Biarritz, França, na zona do Plateau do Phare, uma moradia chamada Villa Velleda. Nesta estância balnear terá apreciado de perto a arquitectura moderna e a moda art déco, tendências que acabariam por influenciar a construção do novo edifício na antiga casa de férias.
Dois anos depois, com o objectivo de mobilar o novo espaço, visitou na companhia do arquitecto José Marques da Silva a Exposition Internationale de Arts Décoratifs et Industriels Modernes em Paris, certame cuja modernidade o deixa fascinado e no qual estabelece contactos com o famoso decorador Jacques-Émile Ruhlmann e seus colaboradores. O projecto e a construção da nova casa iniciaram-se nesse mesmo ano e foram objecto de várias alterações e intervenções. Numa primeira fase o desenho previa uma adaptação prudente da casa existente na propriedade, mas com excepção da capela de finais do século XIX, cuja estrutura se manteve tendo sido envolvida pela ‘pele’ que à volta dela se construiu, o projecto resultou numa residência construída de raiz.
Participaram na edificação da Casa vários intervenientes mas a sua autoria poderá ser atribuída, com algum cuidado, a Charles Siclis, cuja participação se revelou decisiva na concepção global do projecto, e a José Marques da Silva que o desenvolveu, alterou e executou. Algumas modificações importantes terão partido do próprio Carlos Alberto Cabral e a intervenção de Jacques-Émile Ruhlmann, e mais tarde de Alfred Porteneuve, seu sobrinho e arquitecto de formação, também obrigou a alterações de modo a harmonizar as relações entre o interior e exterior do edifício. O edifício, entendido enquanto obra colectiva, só seria concluído em 1944, com um atraso considerável devido às dificuldades provocadas pela Guerra Civil Espanhola e pela 2ª Guerra Mundial. Considerada a obra arte déco mais notável de Portugal, ainda que terminada muito depois de o estilo ter tido o seu período áureo, este edifício ultrapassa largamente o edificado no contexto da arquitectura portuguesa da época, ainda dominada pelo gosto oitocentista e pelas orientações beaux-arts e pontuada, raramente, por incursões pela arte nova.
Ao lado de Blanche Daubin, com quem se viria a casar no início dos anos 50, o Conde ocuparia definitivamente a casa em 1944. Habitá-la-ia contudo por pouco tempo. Devido a dificuldades financeiras vendeu-a e ao resto da propriedade, a Delfim Ferreira, conde de Riba d´Ave antes de se estabelecer nos dois últimos andares de um prédio no Porto. O negócio previa contudo uma restrição: a propriedade não podia ser objecto de qualquer transformação. Até aos anos 80 o espaço permaneceria inacessível ao público até que, em 1986, o Estado representado por Teresa Patrício Gouveia, então Secretária de Estado da Cultura, adquire a quinta aos herdeiros de Delfim Ferreira permitindo a sua abertura à cidade.
Em 1957, a propriedade foi adquirida pelo industrial Delfim Ferreira que a manteve praticamente na sua forma original até que, em 1986, a sua família a alienou.

terça-feira, 9 de março de 2010